Brincar de amar a vida.
Há algo no sorriso dela que me atrai
Seu jeito leve e meio avoado
Me destrai
Fazendo-me ficar com um sorriso de todo bobo
Seus olhos infectos de vontade e prazer
Me enganam e traem
Ela brinca de ser vida sendo mestra em viver
Espalha um cheiro doce com as palavras que diz
E encanta com seu jeito de sempre o que quer conseguir
Tendo ainda a mesma vontade de ser feliz
Infunde e injeta faceira
Adolescência nas veias
Brinda aos poucos a loucura
Que carrega consigo em suas tantas teias
Sua própria caixa de pandora guarda
A fronte do corpo
Onde qualquer passante possa admirar
Teme perder e por isso leve
Solta seus bens no ar
Nada tem, nada possui e nada deseja ter
Solta desce a escadaria
Planando nas falhas da pedra
E na penúltima daquelas centenas
Pula direto na vida.
A vida uma queda e não uma subida.