Sorte
Eu temo pela minha sorte
E, vou à luta atropelando fatos
Que de fato
Às vezes me enfraquecem
Ah eu preciso dessa palavra
- Sorte -
Eu busco...
As causas e os efeitos
Mas, na dúvida
Não satisfeita
Eu crio ilusões
Ninguém sabe...
Dos meus sonhos - dos meus desejos
E essa força que vem - não sei de onde
Me domina-me
E, me ensina que mistérios
Não se questiona
Aceita – se
Por isso vou abusar do brilho do sol
E sugar todo calor
Em excesso
Vou respirar o perfume das flores
Len-ta-men-te
Eu não tenho pressa
Posso gastar todas as minhas noites
Flertando com as estrelas
Sou descompromissada
Quero invadir a atmosfera e brigar com gazes e átomos
Só p’ra ocupar um espaço
Ter a força de um vulcão adormecido
E ter a sorte
De ter NASCIDO!