MADRUGADA
lílian maial
Do tudo que me vem em agonia,
resta um traço de lápis preto borrado
e um cheiro ácido no hálito de solidão.
No breu da sede de carne,
a mesma boca seca a soletrar desculpas.
Por trás do sorriso não rasgado,
o mesmo gosto de tapete e corrimão.
De nada adianta o consolo do abraço
e o remendo das palavras vãs,
se ambos sabemos que somos
sementes da insônia.
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lílian maial
Do tudo que me vem em agonia,
resta um traço de lápis preto borrado
e um cheiro ácido no hálito de solidão.
No breu da sede de carne,
a mesma boca seca a soletrar desculpas.
Por trás do sorriso não rasgado,
o mesmo gosto de tapete e corrimão.
De nada adianta o consolo do abraço
e o remendo das palavras vãs,
se ambos sabemos que somos
sementes da insônia.
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