Palavras dizem tudo
Palavras dizem tudo
Palavras não dizem nada
Quem se lembra do nome
do escravo
Que colocou a última pedra
na escadaria da biblioteca?
De esquecimentos e lacunas
Se faz a memória do mundo
Corremos sem parar
Atravessamos sinais abertos
Tentamos pegar o tempo
Abrir a tampa da lâmpada
Mágica
Erguemos ponto a ponto
Dado a dado
O castelo das informações
Na inauguração a banda desanda
A tocar uma retreta falida
Cruzamos o oceano
Para buscar o diamante
E enfeitar o anel do rei
No fim da festa
Ficamos nós
Olhando o sol
Demos as mãos
Suadas mãos
De cujos calos
pingaram juras de amor