Que tornem-se Deuses!
Julgo saber do tempo.
Mas tudo o que sei é uma gargalhada profunda,
uma privação da realidade,
a perda de todos os sentidos
e a tentativa de cair do infinito de volta ao chão
onde meus pés cantam... cantam,
e celebram esse gosto que me é caro.
Apesar do recomeço, não gosto, e insisto
naquilo que me recorda o falecimento e a queda da razão.
Me torno a deusa da madrugada fria,
e se meu versar sufoca
rascunho o papel
para não riscar o nome do muro.
Se meu querer afugenta
grito às paredes
para não apagar os olhos do sonho.