ANVERSO

Olho-me pelo avesso e vejo os versos que traço

Vejo meu corpo que dorme e minha mente que sonha

Num mundo sem guerras, Num mundo sem lutas

Num mundo sem mortes...

Meu corpo que sente, num presente distante

De um mundo sem gente sofrida

No som que se propaga no universo infinito

E retrocede à nossos ouvidos com a pureza divina

Ainda pelo avesso meu corpo que espera

Na ânsia de sonhar um sonho bom

Navegar nas ondas mentais-cerebrais

Dos homens que fazem guerras pra outros lutarem

Fazê-los enxergar o sorriso de uma criança

Sentirem o cheiro da relva

Ouvirem a sinfonia dos pássaros

Sentirem o palpitar de um coração

No peito de uma pessoa que ama

E, afinal...

Perceberem o quão mesquinho

É a vontade de construírem armas atômicas.

Beto Alves
Enviado por Beto Alves em 19/10/2009
Reeditado em 16/05/2016
Código do texto: T1875298
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