ANVERSO
Olho-me pelo avesso e vejo os versos que traço
Vejo meu corpo que dorme e minha mente que sonha
Num mundo sem guerras, Num mundo sem lutas
Num mundo sem mortes...
Meu corpo que sente, num presente distante
De um mundo sem gente sofrida
No som que se propaga no universo infinito
E retrocede à nossos ouvidos com a pureza divina
Ainda pelo avesso meu corpo que espera
Na ânsia de sonhar um sonho bom
Navegar nas ondas mentais-cerebrais
Dos homens que fazem guerras pra outros lutarem
Fazê-los enxergar o sorriso de uma criança
Sentirem o cheiro da relva
Ouvirem a sinfonia dos pássaros
Sentirem o palpitar de um coração
No peito de uma pessoa que ama
E, afinal...
Perceberem o quão mesquinho
É a vontade de construírem armas atômicas.