Há um jeito estranho de existir
Um olhar de fora para dentro
Que me vê sem que eu veja me ver
Um sentir de dentro para fora
A colorir de estranheza tudo o que não está em mim
Como se a realidade me acuasse
E me penetrasse o absurdo de tudo que me acussasse
No meio de tudo que talvez eu nem pensasse
Vozes lá fora e cheiro de alguma festa
A atrapalhar-me sorver os tic-tacs de momentos que morrem
Passando tão inúteis tão somente para tornarem-se horas
Para serem desperdiçadas nessa insana ânsia de viver
Que sequer eu percebo...
A espera, alguma espera, fixa-me como uma indesejável raiz
Quando andar significa buscar uma estranha sabedoria
De todas as histórias de todas as folhas mortas
E cada folha seca e morta, caída, levada pelo vento
Vale muito mais que qualquer pensamento
A noite é tão inútil por trazer o dia
Com toda a sua inevitável agonia
Como um olhar que me olha olhar-me de dentro para fora
Que não vê os tic-tacs sorverem-me incessantes
Como arautos do que me devora no tempo
De fora para dentro
Um olhar de fora para dentro
Que me vê sem que eu veja me ver
Um sentir de dentro para fora
A colorir de estranheza tudo o que não está em mim
Como se a realidade me acuasse
E me penetrasse o absurdo de tudo que me acussasse
No meio de tudo que talvez eu nem pensasse
Vozes lá fora e cheiro de alguma festa
A atrapalhar-me sorver os tic-tacs de momentos que morrem
Passando tão inúteis tão somente para tornarem-se horas
Para serem desperdiçadas nessa insana ânsia de viver
Que sequer eu percebo...
A espera, alguma espera, fixa-me como uma indesejável raiz
Quando andar significa buscar uma estranha sabedoria
De todas as histórias de todas as folhas mortas
E cada folha seca e morta, caída, levada pelo vento
Vale muito mais que qualquer pensamento
A noite é tão inútil por trazer o dia
Com toda a sua inevitável agonia
Como um olhar que me olha olhar-me de dentro para fora
Que não vê os tic-tacs sorverem-me incessantes
Como arautos do que me devora no tempo
De fora para dentro