A ROSA SOLITÁRIA
No meio do jardim
Há uma rosa que fenece.
A Rosa solitária, fatigada
De solstícios e equinócios
Abandona suas pétalas
À mercê de pássaros matutinos...
A Rosa já não enrrubesce.
A Rosa povoou-se de advertências
Em sua conversação interminável consigo
E à sombra da aurora entregou-se
Ao olor da solidão na incansável
Transição que ecoa
Da densidade da terra;
Pisadas desentonadas
De um estranho esquecimento
Arrebataram a rosa
E os pés,que eram dois,
Findaram a vida
Da Rosa solitária.
Eis o ciclo da vida.