Ei! Espere!
Creio que nunca amei de verdade;
Realmente acho que ainda não sei o que é prazer;
De verdade
Nunca senti desejo incontrolável de um corpo;
Verdadeiramente
Ainda não precisei tanto de um beijo a ponto de me entregar;
Parece que ninguém soube me fazer amar;
Ninguém conseguiu me pôr em delírios;
Ou fui eu quem ainda não deixou de sonhar;
Creio que nunca senti aquela saudade que dói;
E parece que ainda não sei como é o calor de um abraço;
Ou o aconchego de um enlaço;
A liberdade eu não sei como é
Nem a prisão do coração;
Por muito, chego a pensar que não vivi;
Talvez seja porque com tempo eu não me permiti relembrar;
Ou quem sabe eu apenas existi;
Sei que tenho vontade de vida,
Sede de realidade;
Agora chega de sonhos
Pra que tanta mesmice se o que me vale é’a verdade?
Ei!
Me espere de braços abertos!
Porque eu estou chegando!