Ei! Espere!

Creio que nunca amei de verdade;

Realmente acho que ainda não sei o que é prazer;

De verdade

Nunca senti desejo incontrolável de um corpo;

Verdadeiramente

Ainda não precisei tanto de um beijo a ponto de me entregar;

Parece que ninguém soube me fazer amar;

Ninguém conseguiu me pôr em delírios;

Ou fui eu quem ainda não deixou de sonhar;

Creio que nunca senti aquela saudade que dói;

E parece que ainda não sei como é o calor de um abraço;

Ou o aconchego de um enlaço;

A liberdade eu não sei como é

Nem a prisão do coração;

Por muito, chego a pensar que não vivi;

Talvez seja porque com tempo eu não me permiti relembrar;

Ou quem sabe eu apenas existi;

Sei que tenho vontade de vida,

Sede de realidade;

Agora chega de sonhos

Pra que tanta mesmice se o que me vale é’a verdade?

Ei!

Me espere de braços abertos!

Porque eu estou chegando!

Patti Garcia
Enviado por Patti Garcia em 18/10/2009
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