Misturas
Misturei
restrições,
razões e volições.
Alguns, confessados!
Imorais e até alucinados.
Deixei-os a resvalar
Pôr todo o universo
do teu corpo.
Que vestes.
Com transparentes lingeries...
Fundi na miragem
do descalabro a sensação
do nosso maior avacalhar.
Assim, adormeci enternecido...
Sem reprimir as razões
Dessa argamassa aflorada
que vejo ainda navegando,
na pele do teu corpo de dama.
De minha amada...
De minha deidade...
De minha cara metade...
Nilópolis, 30 de maio de 1997.