Agora é tarde

Os versos que cruzam as rimas

As músicas que saem da métrica

E a nossa terceira roupa, já nem é mais aproveitada!

Sobre a mesa, objetos caros! São roupas, sapatos, jóias, negócios.

O observador te observa a cada segundo,

Ver com a boca, sentir com os ouvidos, falar com os olhos

Na Rua 15, 29, 32, nada falam travam exalam mais não fogem da rima

Amanhã jantaras conosco

O que servir depois das dez?

São dezenas, centenas, milhões de partículas e dúvidas em volta do meu ser

Há frio, muito frio lá fora

Parece a morte!

Esta rua me mostra o que eu não quero ver

A vergonha toma conta de meu corpo

As águas são tão frias como os olhos de Deus

E nós não amamos mais ninguém

Silêncio

Mas há goteiras!

Silêncio

Mas há vozes!

Silêncio, muito Silêncio

Bum!

Fecham- se as portas

E abrem- se os olhos

Agora já é tarde, o observador não observa mais !

Já se foram 60 anos.