Premonição do fim do mundo

Tão rápido, tão de repente

Emerge-se ali à frente

A imponência da civilização

A visão ofuscada torna-se cega

Traga-se a fumaça que não cachimbam...

Os espelhos absortos ao ar

Cruzam o céu com seus raios indesejados

Sem espaço para lavrar a terra

A chuva rechaçada mal cai ao chão

Escorre-se por bueiros e furnas de ferro...

A falha dos pés à solta em solo rasgado

Segue-se regrado entre setas e sinais

Agora vigiados a cada passo delicado...

Não se visualiza folhas, tetos ou estrelas

E és enjaulado em blocos de concreto pensativo!

As escadas desejosas não mais existem

E num simples resvalo de botão colorido

Ele está lá na altura panorâmica se admirando...

Bendito botão que num estalar pragmático

Levará o mesmo débil lá pra baixo...

Mentecapto provocador de situações já sabidas

Trazendo assim o ‘Homem’ lá de cima

Julgando enfim os homens aqui ignóbeis!

Marcos Antony
Enviado por Marcos Antony em 17/10/2009
Reeditado em 17/10/2009
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