UM MODO DE SER TRISTE

Um ensaio, um lançar os braços

um modo necessário de ser feliz

Eu quis, me refiz, vesti roupa de meretriz

mas não fui o ungido, o escolhido

Espaço entreaberto na alma

passarela janela corpo chorado sem vela.

Sem melodia que acalme

Sem anjo vingador que arrebate

Não há calma que consiga fixar

um definitivo abraço

Sem armadilha nem laço sem

qualquer esperança no encalço.

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 17/10/2009
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