CHOVE

Chove, e ao olhar ao céu nada se vê,

Lamenta-se a alma a procura de algo,

A procura de uma estrela perdida.

Remorso, mágoa, pesar e dor,

Indignado por não poder sentir amor.

Chove, e ao olhar ao céu nada se vê,

Então, como que por encanto,...

Uma estrela, sublime estrela surge.

Então, o brilho do olhar retorna,

A alma volta-se para a vida, revivendo.

Chove, e ao olhar ao céu algo se vê,

É apenas uma estrela, sublime estrela,

Um pedaço de vida, no infinito céu,

Então, respiro, fecho os olhos e penso,

Ouço algumas gotas que ainda caem.

Chove, e ao olhar ao céu algo se vê,

Estrela, que agora tem companhia,

Que agora brilham no céu,

E a alma iluminada, de alegria, amor.

Chove, e ao olhar algo eu vejo,

É apenas um semblante, mas...

Mas, é o semblante de alguém especial,

Então meu corpo vibra de felicidade,

Minha alma transporta-se ao além,

E ao som dos anjos que dizem amém,

Sonho, penso, revivo, tu estás presente,

Minha vida retornou a ser feliz,

E lá fora novamente chove.

Ernesto Ehmke
Enviado por Ernesto Ehmke em 17/10/2009
Código do texto: T1871189