SINISTRO
Nuvens escuras se arrastam no céu
e a morte lança seus dedos longos
para a avenida,
O cão corre para atravessá-la,
o sangue escorre de um corpo sem vida.
O automóvel de luxo voa na pista e
a lata de cerveja vazia voa pela janela,
a lua balança a cabeça,
o carro voa para o precipício, e o demônio
recebe sorrindo os amigos que chegam.
Hora do jantar e a serpente rasteja,
devagar, já picou o camundongo
que se arrasta com o corpo dormente,
não existe céu ou inferno para serpentes,
céu e inferno só existe prá gente.