Só o espelho de Quintana reflete meu alter-ego

O louco dos loucos, sonhador dos sonhadores

Tolo dos tolos que ama a poesia dos outros

Alter-ego que envelhece

Sem apodrecimento da alma

Passa a vida sabendo

Que

Um dia, a velhice chega

Chega, num susto sereno, chega

E continua pensando

Que viverá muito

Morando em hotéis

Para ter a sensação

Da solidão coletiva

E adora ainda mais o tempo da vida

Como o enfermo que

Em vez de combater a doença

“Busca torná-la ainda mais comprida...”

*Com a ajuda de Mário Quintana e seu “Espelho Mágico" (1951)

Marciano James
Enviado por Marciano James em 16/10/2009
Reeditado em 24/01/2011
Código do texto: T1870535
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