A pausa do poeta

O poeta fez uma pausa.

O poeta dorme, mas sonha.

Não o despertes sem causa!

Até que ele se disponha.

Ele refaz seus pensamentos,

Sente o perfume das flores,

Ouve os versos dos ventos

Enquanto cura suas dores.

Ferida em sua alma, aberta

Pelas circunstâncias da vida.

Nessa hora vil, triste e incerta

O poeta espera a hora certa

De achegar-se de mansinho

A sua eterna arte, a poesia

Que o sustenta com carinho

Razão de tão grande alegria.

E mantém seu coração aquecido.

Ó meu doce poeta, lindo!

Por ti cultivo um afeto infindo

Que jamais será esquecido.

Cleia Gonçalves
Enviado por Cleia Gonçalves em 16/10/2009
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