Prisioneiro do Coração

No cárcere que me atiraram

Irritava-me o som de tambor

Uma batida forte, cadenciada

Quase sempre no mesmo tom

Pedindo para que parassem

Um anjo enfadonho falou

Que se a música calasse

Parava a vida e o amor

Vivi ali por muito tempo

Não posso dizer que nada aprendi

Aprendi a escutar o coração

Naquele tempo em que estive por ali

Sou prisioneiro de meu coração

E as outras pessoas vagavam

Prisioneiros como eu

Amei sobretudo meus pais

Os amigos, algumas mulheres

Merecedoras de amor e

Amei muito... muito mesmo... Deus

Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 16/10/2009
Reeditado em 16/10/2009
Código do texto: T1869484