Silogismo
O cansaço que me faz sentir útil
A madrugada que adentra e me avisa:
A dor logo vem
A felicidade também
E a solidão de um quarto
Um papel na mão
Com os livros espalhados se vê infundado
Num mar de abstração
Entre uma palavra e outra a voz
Ela que chama e distrai do profundo pensamento
Faz rir em meio ao desespero
Faz sair do egoísmo acidental
Na consonância da noite
A distância não importa
A gente brinca e ri e altera
Até as primeiras horas da manhã.