O meu não-ser
Nos caminhos que percorro
sou a consciência
dos passos mortos
Das dúvidas, bebo o ultimo trago
que resta de um cálice vazio
desafiando uma gota de amor
Rendo-me as paixões
amando as ilusões
nas limitações do tempo
Sou simplesmente
o vazio livre do vento,
a mão insolúvel do destino,
a intocável chaga do mundo
Conceição Bentes
15/10/09