SEM RUMO

Perdido entre o norte e o sul

Sem leste, sem oeste!

Assim eu sigo sem o seu amor

Bússola quebrada, relógio parado!

Mendigo do amor, pedindo trocados!

Migalhas de carinho para viver

Sob a lua escura, e o vento gelado das madrugadas!

A onde a saudade apunhala o peito

E não se pode pedir socorro

O gemido não é ouvido, e as suplicas não atendidas.

Um moribundo maltrapilho

Entre farrapos e trapos de uma medíocre existência

Sigo, conclamando aos céus misericórdia!

Para que a dor seja abrandada

Para que sua presença seja apagada

Para que um novo horizonte se abra

E da janela do destino eu possa ver,

Novamente retornando

A razão, que há tempos perdi.

Néscius Lourenço
Enviado por Néscius Lourenço em 15/10/2009
Código do texto: T1868348