ENTRE O FEIO E O BELO.

Entre todos os cenhos que meus olhos

Tiveram o prazer de mirar, entre tantos,

Nenhum me encantou mais que o teu!

Tens originalmente um semblante carregado,

Porém, portas contigo por atrás da carranca,

Uma beleza sutil -, um rosto capaz de encantar.

E quando o Tempo nalgum tempo me confiar

Algo mais, a óleo te descreverei, retratando-te

Jungido ao sol que, assim como tu, é rigoroso,

Más, extraordinariamente – encantador!

Sem medo mesclarei as cores,

Dosando-as, quero as misturas certas encontrar,

Com as quais representarei o teu rosto nos tons suaves do luar

Sem, contudo, subtrair o firmeza de caráter da tua face máscula!

Entre o feio e o belo, bem aí, estás.

Anjo em clausura imprópria, justaposição de aparências, expressão de um insigne plural singular, que tive o privilegio de encontrar!

Caducha
Enviado por Caducha em 15/10/2009
Reeditado em 15/10/2009
Código do texto: T1868068
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