ENTRE O FEIO E O BELO.
Entre todos os cenhos que meus olhos
Tiveram o prazer de mirar, entre tantos,
Nenhum me encantou mais que o teu!
Tens originalmente um semblante carregado,
Porém, portas contigo por atrás da carranca,
Uma beleza sutil -, um rosto capaz de encantar.
E quando o Tempo nalgum tempo me confiar
Algo mais, a óleo te descreverei, retratando-te
Jungido ao sol que, assim como tu, é rigoroso,
Más, extraordinariamente – encantador!
Sem medo mesclarei as cores,
Dosando-as, quero as misturas certas encontrar,
Com as quais representarei o teu rosto nos tons suaves do luar
Sem, contudo, subtrair o firmeza de caráter da tua face máscula!
Entre o feio e o belo, bem aí, estás.
Anjo em clausura imprópria, justaposição de aparências, expressão de um insigne plural singular, que tive o privilegio de encontrar!