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a mim
que o tempo
põe e retira
a força e a esperença
faz sonhar desperto
chagas e chamas.
a sirene marcando
com o passo
o sangue do asfalto
a cal
da laje que cede
(o acaso desaba)
e cisca
o olhar
que pende
no fio da noite
- este tranco é sonho
ou um maremoto avançando?