Dialética

A diversão diverge

A divergência converge

O mal está ao liame do bem

O alguém que se foi pode ser ninguém.

O ninguém de ontem pode ser o alguém de hoje

O mundo gira

O tempo passa

A vida segue em seus trechos

De alegria e desgraça

De neblina e fumaça

De licores e cachaça

De amores e de dores.

Às vezes em preto em branco

Às vezes em cores.

Deus escreve certo por linhas tortas

Eu que não sei ler, ando,sigo

Faço do meu caminhar minha leitura

E caminho torto

Meio roto

Meio doido

Meio doído.

sentido

Pelos sentimentos

Afetado pelos afetos

Que cruzam as caudalosas correntes do errado e do certo.

Torrentes recorrentes

Na escuridão do sentimento mantemos encoberto

Nosso sentimento e afeto

Com uma flecha de razão translúcida

Acerto-te

Sem mira

Sem linha reta

E minha razão te afeta

Teu afeto me acerta

Já não mais sei qual é a forma errada ou correta

Sigo o caminho

Agora você talvez me olhe

Sem dizer nada

saberá queremos a mesma coisa mas não entendemos os e atrapalhamos com a dialética das palavras

Walquimar Vilaça
Enviado por Walquimar Vilaça em 15/10/2009
Reeditado em 12/09/2021
Código do texto: T1866825
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