AS GARÇAS DO RIO SERGIPE
As garças do Rio Sergipe
São sempre as mesmas
Brancos lenços
Não morrem
Estavam na minha infância
Lentas
Compassadas
Calmas
Estratégicos passinhos
Sob céus de azuis intensos
Levantando a fina perninha
Enfiando-a nos bancos de areia
Com os seus olhinhos
Me convidam
Pra ver na noite do rio
O manto de estrelas
A lua cheia