ÁGUA MORTA

De rios parados

De lama invadindo os prados

De flores ao entardecer

De ruas movimentadas

Da tristeza de não-ser

Água morta

Pede à chuva

A graça de viver

Águas de mortas chuvas

Dizem não

Não posso atender

Águas mortas sobre a terra

Levam na enxurrada

Cacos

Trapos

Retalhos

Restos de um bem-querer