Da soberba.
Haverá no poeta o gozo e a lavra
Sem trava verterá do nexo, a forma;
Cuja norma o complexo não conforma,
Transforma nesta fala que degrava.
Haverá no poema tal domínio
Que o vestígio virá na luz do verso
Controverso num rumo tal, inverso,
Tão disperso que oculta seu fascínio.
O poema: razão real da lira
Que respira a palavra por tributo
Neste fruto que a fé finge e conspira
Quando aspira da Musa o absoluto.
O bruto se consome nesta lira,
Pois delira na pira dos fajutos.