Diz-me o que comes e eu te direi quem és
FOME
Lá, no azul do horizonte, uma linha é traçada
e vem se alargando, se contorcendo
remoendo, desmanchando, desanuviando.
De longe parece colorida, até encanta, talvez até fascina...
ingere a alma, lapida visões... consome.
Dança ao vento e faz dançar,
alucina e desencadeia gritos e urros turvos
de uma cor caduca que assola muitos.
Não perdoa, Ela.
Sangra a alegria e tolhi os fracos.
Aos fortes desmonta e a todos acaba.
A fome é o porão dos mundos.
A chaga do pão.