Só nós dois.

Chegue de mansinho que meu coração

Aguarda o instante em que desperte meu sorriso

E aguce meus sentidos.

Nos tome a vida como exemplo

Do amor que é paixão e desejo em mistério,

Mesmo que não sejamos donos do tempo.

Deite meu corpo em suas mãos

Entre os gemidos sufocados e os arrepios

De seus lábios em minha pele suada

Ansiando por mais.

Abrace forte que seus braços aliviam o fado

Na cabeceira das cascatas que nos revelam dor

Quando distantes nos falta o céu.

Esqueça o que procura ao deitar seu corpo no meu

E encontre somente amor demais.

Não questione o que nos acontece,

Não murmure realidade

Nas paredes de nossa fusão.

Venha sem culpa, sem medo do amanhã,

Que não vivo sem seu tremor,

Sem seu tesão que prolifera no meu.

Preeminente desfecho de sereno

Em meus olhos quando parte,

Mas com luzes que nos seguem sedentas

Ao retornar de mansinho para nosso ninho

Com uma vontade sempre maior

De amar mais e demais, sem culpas,

Nem desculpas...

Chegue de mansinho onde só cabemos nós dois...

Eliane Alcântara
Enviado por Eliane Alcântara em 21/05/2005
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