Reconstrução a sua maneira.
Faz meu verso poeta,
No veludo que cobre a dor.
Desenha em suas palavras
Meu coração espinhado.
Dá luz aos olhos meus
E sonho ao que morreu.
Põe rima em minha boca,
Métrica em meus pés.
Licença poética para amar,
Loucura para divagar.
Ah meu poeta faz chover
Certas coisas em meu corpo,
Acenda a tônica do meu desejo.
Cria lugares para eu morar,
Outros para um tempo eu ficar.
Mata minha sede, celebra meu riso.
Faz meu hino de amor
Na pele da sua sintaxe.
Desmancha a forma,
Inventa uma nova.
Faz meu verso em sua voz,
Faz meu verso em seu suor,
Faz meu verso no inverso do desamor.
Faz poeta, que volto a sorrir,
Caso saiba meu ser colorir.