Calmo Pedido.
Deixa que eu brinque
de morar em seu corpo
e assim alcance o verso
que urra em meu peito
louco para ter espaço
em sussurros que segredo
aos seus ouvidos famintos
de um pouco mais
do calor de minha volúpia.
Faz um movimento em vulto
e fico essa mulher frágil,
despudorada, vadia e amante
a aprofundar o mundo
de suas noções.
Brinque com meus dedos
enquanto sinto seus lábios
a molhar meu desejo
e entorno-me inteira
aos seus caprichos.
Finca em mim suas fantasias
quando engulo sua fome
e salivo nossas loucuras
em um tom que sabem os amantes.
Abra-se inteiro a minha boca
e mesclo carinho e tara
em seus poros nus
aos meus apelos por mais .
Não fuja ao que quero,
nem negue o que sente
quando nossos corpos
completamente já sem juízo
endeusam o momento supremo
de nos penetrarmos em explosão.
Rasga-me em gemidos, mordidas,
e deito-me ao seu sexo
sequiosa de que o estar
atinja o ápice do ficar
esquecida em seu prazer
que me escorre pela boca,
olhos, órgãos, alma...
Faz assim...
E fico,
sua,
profundamente sua
nos lençóis que nos chamam.