Transmutando

A vida segue eternamente breve

Quem não está nascendo constantemente

Está constantemente morrendo

O sorriso que não brota

é uma lágrima que rola

Os olhos que não brilham

São estrelas que não cintilam

O desejo não realizado

São sentimentos embotados

Desmesurados

Fustigados

O coração que não acelera

Traz em si a ferrugem do tempo

Corroendo - se pelas intempéries da vida

A emoção postergada

É o soluço sem solução

Canta a canção quando der vontade

Dança, dança quando o corpo pedir

Salta, pula, mergulha

A vida é assim, aqui ali

Segue, caminha menina

Segue ,caminha, desatina

Desatina o destino

Desatina todos os sentidos

Trilha fora dos trilhos

Tira a máscara e o vestido

E se desnuda

E transmuta valores ,

Assim a vida valera a pena

Embora a alma continue pequena !

Walquimar Vilaça
Enviado por Walquimar Vilaça em 13/10/2009
Código do texto: T1862960
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