Sem começo, sem meio, sem fim

Se não sorrires para mim

Pelo menos não chore ,assim

As lágrimas são minhas

Poeta de poesia pequena

Amante de amor menor

Andante de sendas errantes

Que não tem começo

Nem meio

Nem fim.

Neste caminho

Meu coração bate fora do tom

Em descompasso como meus passos

Num misto de angustia e frisson

Meu olhar

Segue o horizonte, caudaloso

Lá distante, longe.

Viajando, meditando

Lembrando-te

Lembrando teu sorriso

Enxugo minhas lágrimas

Vendo-te feliz

Esqueço que sou triste

Vendo-te do meu lado

Esqueço que sou solitário

Vendo-te acreditando

Esqueço que sou cético

Vendo-te amar

Esqueço minha dor

Vendo-te muito esqueço que sou pouco

Um pouco que se espalha pelo caminho que não tem começo

Nem meio, nem fim!

Walquimar Vilaça
Enviado por Walquimar Vilaça em 13/10/2009
Reeditado em 17/09/2021
Código do texto: T1862950
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