NAVIO CAIÇARA APORTA COUTO
Augusto e angelical;
com esquadro de Euclides.
Uma leitura anti-social, nervoso.
Precipita o acontecido dentro de si.
Nau descendo pro sul,
limas na caverna, no casco
socialista do mar, foice solista
destoada do bando.
Casta de mameluco,
caboclo quadrado;
Euclides desvelado,
bebia Canudos.
Morto numa troca de tiros,
um beijo...
Mentira.
Um estalo explosivo,
um final florido,
era a Tribuna do Povo-1894.
Andradas-1827,
Santos jesuítas.
Sociedade Carnavalesca Santista-1857;
regata de internacionais politanos,
Teatro de Guarany-1882.
As últimas procissões;
1ª e 2ª grande guerra,
de 60 em 60 anos,
procênio sequente.
Santa acatari n-a roda d’água,
de fogo.
Engenho
dos Erasmos demolidos,
não toca mais jornal,
não escreve mais o burro,
não leu Luis Gama.
Antonio Bento
escambo Navaho.
Expansão urbana,
trem movido a mulas,
o coliseu de Santos.
Lobato escrevia para seus filhos,
com bico de mergulhão azul
superintendente.
Os sertões do navio caiçara,
Republicano convicto
acompanha parado
o Estado de São Paulo
as ações do exercito brasileiro,
soneto a Orpheu de 23
pudera o futuro digerir,
o passado.
Polido por Antonio;
Conecte-se em estrada de ferro,
Julio Verne na Balada do Cárcere.
Beneditino, franciscano, conselheiro
em tom prosaico seco e escorrido,
antônimo detém o símbolo;
na terra, no homem e na luta.
O relato dos acontecimentos,
manchete nefasta a pré-moderna,
garimpeiro do rio das ostras.
8000 pessoas habitam 22,
500 mil em 2002.
Não te pergunte te levarei ao jamais,
lagamares da saudade,
não era o tal paraíba nervoso,
seria o aborto de um navio de guerra,
ou musica para tecelagem,
na caótica visão hereditária,
datas, membros
cores entre vagões.
Nas docas o grão
perdido e jateado;
no lajeado,
pedras atiradas
no lugar de café.
Puro
Couto