A imprecisão semântica do amor
Cargas de ilusões românticas fundem e confundem - se
À imprecisão semântica do amor
O tempo, senhor da razão, mente.
E sentimo-nos eternos em nossa efemeridade.
O movimento inicial da imprecisão funda-se na ignorância
E finda na extravagância
Restando fragmentos de esperança
Sentidas na fragrância: essencial e subjetiva
Mas viva... VIVA!
Cargas de ilusões românticas fundem e confundem - se
À imprecisão semântica do amor
A vida imprecisa, nos diz que podemos ser felizes, mas não somos!
Que podemos buscar um ser para amar, mas não encontramos!
Que nossos corpos despidos de almas despidos de roupas juntam - se a outros corpos despidos de almas despidos de roupas e fazem de tudo...
nada amam !
Cargas de ilusões românticas fundem e confundem-se
À imprecisão semântica do amor.
Teu olhar conduz e seduz
Atravessa o peito com a toda força e toda luz
Adentrando a todos os peitos frágeis abertos
Eu cá, do meu lado, do avesso, sem saberes virtuosos, sem adjetivos
valorosos, desgraduado, timidamente escrachado ( ex- crachado!)
Acabo minha calma quando minha alma
Se afeta pelo teu olhar
Flecha de Eros!!!
E flechado nos teus braços me entrego a Morfeu
E tu quando dormes acorda pra dentro
Quando acordas sonha pra fora.
Cargas de ilusões românticas fundem e confundem-se
à imprecisão semântica do amor.
Impreciso, olho pela janela de madrugada, síndrome de notívago
solitário
Sem estrela sem lua
Ponho - me a desenhar-te nua
E te olhando
E te lembrando
Imaginando-te
Vou pensando imprecisamente: será que as cargas das ilusões
românticas fundem e confundem-se à imprecisão semântica do amor?