A imprecisão semântica do amor

Cargas de ilusões românticas fundem e confundem - se

À imprecisão semântica do amor

O tempo, senhor da razão, mente.

E sentimo-nos eternos em nossa efemeridade.

O movimento inicial da imprecisão funda-se na ignorância

E finda na extravagância

Restando fragmentos de esperança

Sentidas na fragrância: essencial e subjetiva

Mas viva... VIVA!

Cargas de ilusões românticas fundem e confundem - se

À imprecisão semântica do amor

A vida imprecisa, nos diz que podemos ser felizes, mas não somos!

Que podemos buscar um ser para amar, mas não encontramos!

Que nossos corpos despidos de almas despidos de roupas juntam - se a outros corpos despidos de almas despidos de roupas e fazem de tudo...

nada amam !

Cargas de ilusões românticas fundem e confundem-se

À imprecisão semântica do amor.

Teu olhar conduz e seduz

Atravessa o peito com a toda força e toda luz

Adentrando a todos os peitos frágeis abertos

Eu cá, do meu lado, do avesso, sem saberes virtuosos, sem adjetivos

valorosos, desgraduado, timidamente escrachado ( ex- crachado!)

Acabo minha calma quando minha alma

Se afeta pelo teu olhar

Flecha de Eros!!!

E flechado nos teus braços me entrego a Morfeu

E tu quando dormes acorda pra dentro

Quando acordas sonha pra fora.

Cargas de ilusões românticas fundem e confundem-se

à imprecisão semântica do amor.

Impreciso, olho pela janela de madrugada, síndrome de notívago

solitário

Sem estrela sem lua

Ponho - me a desenhar-te nua

E te olhando

E te lembrando

Imaginando-te

Vou pensando imprecisamente: será que as cargas das ilusões

românticas fundem e confundem-se à imprecisão semântica do amor?

Walquimar Vilaça
Enviado por Walquimar Vilaça em 12/10/2009
Reeditado em 25/09/2021
Código do texto: T1862772
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