Fronteiras...

Os sonhos do inconsciente

Não poderiam ser mais indecentes

Que a poeira que exala do abismo.

Com suas construções abstratas

No relato de um iminente fato

Oculta da realidade o ato.

Quando esses são quimeras

Da vida nada se espera.

Constrói-se de efêmeras ideologias

Limitadas a uma pequena esfera

Onde guarda os sonhos perdidos.

E, em meio à neblina densa

Entre tantos sonhos soltos

Mergulha no mais conhecido.

Mas, há sonhos que são passagens...

De mistério estão envoltos

Com conhecimento oculto.

Dos quais fogem os viventes

Por lhes faltar a coragem

De passar para a outra margem

E ver o seu próprio vulto!