Um adeus a saturno
Vai saturno...
Até tenho saudade de tua paciência comigo
Escrevi a alma nos versos da
Carta natal.
Às vezes, não acertei o enredo,
Mas na canção de Florbela encontrei
Neruda.
No ciclone, encontrei a brisa.
No vulcão, encontrei Plutão.
No reinado, encontrei a utopia.
Vai, adeus saturno,
Espero-te na curva do destino.
* Ouvindo Marcos Assumpção cantando os versos de Florbela Espanca (Capricorniana) escrevi estes versos, como "forma" de oferenda ao deus (Cronos) Saturno, regente de Capricórnio. Que depois de dois anos dá adeus ao signo de virgem. Agradecer aos deuses que habitam nosso interior é uma generosidade que devemos cultivar, para que a flor exterior floresça e a poesia amanheça.