Vaidade
As vezes penso até que sou a rubra face da direita
e quando olho, vejo só a esquisitice da esquerda
O lado oposto de mim que chora, ri e não se ajeita
enquanto o outro, sério, apenas lamenta a perda
Não absorvo nada, fazê-lo sei que seria em vão
Não contrario o gosto, nem a vaidade de ser assim
Sou um verso solto, tímido, ainda em construção
Melhor sorver o mel agora, que engolir o fel no fim.
No meio de uma loucura, calma e ansiedade na mesma questão
A bela e a fera no espelho, na luta incansável de Ser ou não Ser
Vacilo na dualidade: Me jogo de cara ou me faço a razão ?
Esquece! Amanhã resolvo, hoje tenho é que tentar viver.
Poesia On Line
10/10/2009