EM BUSCA DAS CORES...
De SMELLO
A sedução do arco-íris, fixo no firmamento, nos faz observar
Porque existe a deusa de Juno, simples esplendor ou as cores
Delinear, refletindo em nossos olhos, eclipsando faz adornar,
As belezas da vida, fulgurantes momentos dos cintilantes amores!
Primeiro se vê na abóbada celeste, meigo azul, trazendo ternura,
Logo o verde das matas se tem a grande visão da rica natureza,
A riqueza surge com raiar do sol, espelhado no ouro afigura.
Os lábios vermelhos, das morenas sestrosas, trazem a grandeza.
Mas como é representado o AMOR, ele se apresenta em nuances,
Desfechadas por instantes que surgem, abrigando conjunturas,
Nunca igualadas, sentidas pelos amantes em variados romances
Incertos, belos, adorados, estimados e amarguradas aventuras.
A paixão nada mais é que um arco-íris, de cambiantes matizes.
Surge repentinamente, vai aumentando, variando de tonalidades,
Doi, ataca o coração, a visão do ser amante, vagueia: exorcizes,
Surgem juras, promessas que se tornam vãs, com falsidades.
Uma cor que pouco se vê, representa o pensamento de gratidão.
Sempre esquecida, pouco lembrada, quem a merece não dispõe,
Oriunda de repentino instante inadiável, socorrida e dela olvidam,
Ofusca deslumbrante cor, nasce de grande coração que predispõe.
A saudade, triste, melancólica, de inebriante pensamento, desponta
Na cor cinza, martirizante de sentimentos, faz padecer os corações,
Relutante, que luta para esquecê-la,em geral sempre amedrontada
Somente quando se despede é que alivia as dores e flagelações !
E o branco não é cor, simboliza a PAZ, indispensável às conjunturas,
Torna-se por isso mesmo NOBRE, quando a ele se recorre, vivenciado.
Quantos resistem invocar, com idéia fixa, ser humilhação e capturas.
Bom seria aos afetuosos, antes da contenda, tomar o pavilhão ilibado.