Coração em silêncio

Perdendo-me em nebulosas nuvens, vasculhando antigas veredas, alargando a paisagem da mente, saudades constantes, cantam suas dores.

A alma inebriada deleita na sombra do encanto, a chuva corta as vidraças, desliza fazendo graça.

Dissipar da mente o reflexo da solidão, cheiro de rosa formosa paira no ar, sob a penumbra partilhada, coração em silêncio, desejos tão sonhados, onde dois somam um.

Adormecer em areias quentes de uma praia deserta, onde pousa a borboleta tranquilamente, dançando na sintonia do vento.

No raiar da aurora, palavra poética desabrocha feitas as pétalas de flores encobertas pelo orvalho.

Escorre ternura de cada verso, deixa fluir raios de luz por entre as folhas.

Fecunda a terra na suave canção dos corações, renascerem em cada poesia o belo mistério do amor.

escrito em

02.07.2006

por Águida Hettwer