Racional.
Um medo fundo somado a si mesmo
A luz perfura o escuro, vaza intensa
Que a mente fosca almeja quando pensa
Refletindo na sombra atada a esmo.
A culpa inata solta a alma a termo
Que o tino acusa e em vão compensa
Profundo quando vaza da sentença
Labirinto perdido a flor do ermo.
No fundo do infinito, já fronteira
Quando o tanto que é vasto perde a borda
As cordas desenlaçam na cegueira
O senso em desacato não concorda
A ciência refulge na fogueira
Na certeira ignorância que transborda.