DO OUTRO LADO DA PORTA
Sonhos que se fecham sonhos que nascem.
De cada lado da porta lagrimas que se identificam.
O gosto pela vontade se revela,
Num brilho que obriga uma voz dizer, oh!
A madeira da porta se mostra frágil,
Pois é arranhada pelas unhas,
Que dilaceram num ímpeto de desespero,
E do outro lado de volúpia, de desejo.
Os ouvidos colados a ela,
Num lado demonstram curiosidade.
Do outro a espera de uma esperança.
O coração ofegante cola na porta,
O hálito fresco coberto de menta.
O olho mágico revela uma sombra,
Que se mistura na penumbra do corredor.
No quarto que aguarda uma visita,
A mesa posta com duas taças,
Toca uma musica que aconchega os cantos,
Mostrando uma intimidade já revelada.
Do outro lado da porta,
O cálice do veneno serve os lábios,
Que murmuram um nome,
Que saboreia o sal,
Que advém do fundo da alma,
Que diz numa única palavra: Adeus.
lord blue; 10/10/2009