observo nuvens mãos
indo-se assim
para próxima estação
e num lampejo
puxo-lhes os dedos
que se desformam
e se vão...
fugindo de mim
sem norte, nem sul
seguem os ventos
sem apegos nem lamentos...
vejo-me nuvens
andando flores
em jardins de céu
coração vento
num mundo escarcéu
mudo pólos
mistérios encerro
fujo empecilhos
detesto e venero
sem canto
nem tanto encanto
sou cordeiro dos ventos
sorrindo prantos