Niemeyer

Escuto e danço enquanto

admiro o ritmo desses traços,

que ondulam e contornam nossa

terra natal. Sua obra flamula ao vento,

firme, tremendamente graciosa, im-

ponente. Um lápis em sua mão,

é mais revolucionário que a

revolução russa; mais

modernista que Macuna-

íma, que a poesia de Décio

Pignatari, somada à de Oswald

Andrade. Um lápis em sua mão, é a

profecia de uma ruptura; sua arquitetura

sempre nova tirou o latim de nossas

igrejas, fez tudo lembrar as praias

cariocas, onde quer que sua

arte esteja. Além de

você, só Deus, para es-

crever certo por linhas tortas.

mas não o chamarei de senhor,

pois como seus traços, você é eter-

namente jovem. Sua arte tem sotaque

do Rio de Janeiro! E se, vita brevis,

Sua arquitetura é ars longa

E a mim, só resta dizer:

Niemeyer, como eu,

também é bra-

sileiro!

Deborah O Lins de Barros
Enviado por Deborah O Lins de Barros em 10/10/2009
Código do texto: T1858476
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