UM POEMA ENTRE AS CHAMAS...
Das janelas de minha alma
Palavras gritam por socorro;
Eu, bombeiro poeta, escuto seus gritos,
E sinto o incêndio que afeta... A minha alma de poeta
Lembrando do voto que fiz, salto da cama feliz,
E diante das janelas de minha alma
Estendo um branco lençol,
E percebo que a vermelhidão das chamas
Formam nas paredes de minha alma
...Um verdadeiro arrebol.
E sobre o lençol estendido, palavras alucinadas,
Deixando suas roupas em chamas,
Saltam totalmente nuas,
Desprovidas de artifícios,
Sem vergonha de seus vícios,
Sem maldades...Sem esquemas;
Atiram-se uma a uma,
E sobre o branco lençol,
Num Sábado iluminado, pelos primeiros raios de sol,
Totalmente são e salvo... Faz-se entendido um poema.