UM POEMA ENTRE AS CHAMAS...

Das janelas de minha alma

Palavras gritam por socorro;

Eu, bombeiro poeta, escuto seus gritos,

E sinto o incêndio que afeta... A minha alma de poeta

Lembrando do voto que fiz, salto da cama feliz,

E diante das janelas de minha alma

Estendo um branco lençol,

E percebo que a vermelhidão das chamas

Formam nas paredes de minha alma

...Um verdadeiro arrebol.

E sobre o lençol estendido, palavras alucinadas,

Deixando suas roupas em chamas,

Saltam totalmente nuas,

Desprovidas de artifícios,

Sem vergonha de seus vícios,

Sem maldades...Sem esquemas;

Atiram-se uma a uma,

E sobre o branco lençol,

Num Sábado iluminado, pelos primeiros raios de sol,

Totalmente são e salvo... Faz-se entendido um poema.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 10/10/2009
Reeditado em 10/10/2009
Código do texto: T1858163
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