RESUMO
De tudo, sou um pouco:
Sendo música, primavera;
Pranto, sou canto e tentação.
Sou braços que cingem
Olhos que aguardam e guardam,
Sou sol aberto,
Planura e depressão,
Sou inverno,
Algumas vezes, verão.
Sou passado e presente
O futuro que chegou por certo,
O indomável vento,
Folhas estendidas no chão,
Sou outono.
Do mar deserto,
Sou abrolhos,
E o retorno de um barco.
Sou um pouco arranha-céu,
Quando não sou roda-pé,
Do céu me aproximo,
Sendo a tinta, sou também pincel.
No tempo incerto, sou as flores,
Sou carinhos, Açores, sou vida,
Sou estação.