CINDERELA
lisieux
(À moda de Moacir Índio)
Depois de uma semana na janela
do windows, posso ir pra casa dela...
E descansar a vista desta tela,
nas vivas cores de uma aquarela.
Cerveja geladinha e, na panela,
uma gostosa galinha à cabidela.
Depois, de sobremesa, o corpo dela,
que se oferece assim, de forma bela.
E a minha princesa, tão singela!
Nos cabelos uma rosa amarela,
no quarto, à luz tênue de uma vela,
numa fogosa fêmea se revela.
E eu não troco por nada o beijo dela!
E ela, com carinho, me dá trela.
Todo mundo a conhece por Estela,
mas, para mim, ela é somente
Cinderela!
BH - 17.09.03