CANETA MALDITA
lisieux
em resposta a Michael Baruk
Caneta maldita que sonha projetos,
que fala de amor e de tristes legados,
caneta que canta os amores passados,
pedaços, fiapos, estilhaços e "restos"...
Caneta que voa através dos papéis,
deixando brotar os sutis pensamentos,
que joga no espaço, ao compasso dos ventos,
lembranças de amores e quartos de hotéis.
Caneta que voa... será que tem alma?
Conhece ela a vida, as dores acalma,
servindo ao poeta de seu analista...
Às vezes, porém, ela choca a platéia,
por mostrar dos amores a vil gonorréia,
atrevendo-se a ser por demais realista.
BH - 15.04.03