Poesia de Bolso 39 ( Vida que Segue )
Poesia de Bolso 39 ( Vida que segue )
A noite escorre pelas vidraças.
O dia se desdobra em notícias:
Automóveis, acidentes, sangue...
Fatos escritos em jornais distantes.
Abismo entre meu olho e a rua.
Olho em volta e está deserto
Apenas a aridez da vida, uma indicação...
Meu Deus, como é difícil cerzir
As feridas abertas na memória!
Meu olho, apenas o espanto de mim.