poemas

poemas

sao apenas

palavras roubadas

perdidas pelos becos

jogadas nas calcadas

sangradas nas feridas

amargas

amenas

cenas passadas

maos dadas

reencontros

desencontros

despedidas

lagrimas contidas

gritos sufocados

a dor abstrata

a cara a tapa

sonhos

pesadelos

noites mal dormidas

vazias

desacompanhadas

camas frias

janelas escancaradas

o mar

poemas

sao apenas

um ato de cantar

um louvor

uma prece

um momento de loucura

uma procura

o desespero

a noite escura

a estrela derradeira

o primeiro raio de sol

as marcas no lencol

o cheiro

o aperto no peito

o caso desfeito

o jeito de olhar

de tirar a roupa

de beijar na boca

a urgencia do abraco

a ausencia da abraco

passos

pes

maos

dedos

aneis

segredos

viagens

conves

o balanco das ondas

o mar

poemas

sao apenas

o vestido da mulher

a cancao

um tema qualquer

o canto

o pranto incontido

um adeus sem sentido

um quarto fechado

a mulher sem vestido

um erro de semantica

um encontro casual

um noite romantica

um prazer

um sorriso sensual

promessas mentirosas

luz de velas

comidinhas gostosas

dormir abracado

amanhecer

uma espera

primavera

se conhecer

se apaixonar

viver

ou morrer

de tanto amar

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 08/10/2009
Reeditado em 08/10/2009
Código do texto: T1855631